KRAMERIACEAE

Krameria tomentosa A.St.-Hil.

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Tainan Messina. 2012. Krameria tomentosa (KRAMERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

3.865.032,449 Km2

AOO:

1.144,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre na Bolívia e Brasil, nos Estados do Pará, Amazonas, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Simpson, 1989; Simpson, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>K. tomentosa</i> encontra-se amplamente distribuída pelo Brasil e Bolívia, com subpopulações encontradas em uma área maior que 3 milhões de km².

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nome vulgar: "carrapicho-de-cavalo" (Simpson, 1989

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Fitofisionomia: Encontrada em formações campestres da Caatinga e Cerrado, Restingas e Campos Rupestres (Simpson, 1989).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 2.1 Dry Savanna, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland
Detalhes: Arbusto ramificado, perene, que habita diferentes formações vegetacionais do Cerrado e Caatinga. Fértil durante o ano todo, polinizada por insetos e dispersada por animais.

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130 ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os Cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Várias áreas que mantinham remanescentes significativos de vegetação nativa desde a fundação de Brasília, desapareceram nos últimos anos, e continuam desaparecendo rapidamente. Em UNESCO (2000) registra-se que, em apenas 44 anos (avaliação de 1954 a 1998), o DF perdeu 57,6% da sua cobertura vegetal e que a categoria cerrado foi a mais atingida, com 73,8% de perdas (Batista; Bianchetti, 2003).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Citada como "Vulnerável" (VU) na Lista Vermelha da flora ameaçada de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Estação Biológica de Canudos, Canudos, BA; Estação Ecológica do Raso da Catarina, Santa Brígida, BA; Reserva Biológica Guaribas, Mamanguape, PB; Parque Nacional da Serra das Confusões, Caracol, PI (CNCFlora, 2011).